segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O maior ídolo do futebol mineiro

Sei que serei criticado por não falar de bebida nesse comentário. Mas foi preciso escrevê-lo para responder a vários questionamentos sobre a falta do assunto “futebol” neste buteco. Já adianto que futuramente irei unir os dois assuntos em novo comentário sobre a proibição de venda de bebidas nos estádios.
Pois bem. Apesar de ser o membro desta Diretoria que menos entende de futebol, coube a mim tratar do tema ligado a esse esporte bretão, na sua versão mineira: o Tropeirão do Mineirão.

Para os moradores d’além montanhas das Alterosas, explico que o estádio Magalhães Pinto (Mineirão) é onde são disputadas as grandes partidas de Cruzeiro e Atlético. E como todo estádio de futebol, tem suas barraquinhas, bares e petiscos tradicionais.

Ao contrário do Lenício - que assim como Zico e Garrincha, parou de bailar nos gramados por problemas no joelho - e do Leo - baluarte da cobertura esportiva da várzea mineira -, conheço poucos estádios. Fui apenas a alguns no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Goiás. Mas posso afirmar sem medo de errar: em nenhum estádio do mundo existe um petisco tão saboroso e fino como o Tropeirão do Mineirão.

A receita é simples: arroz, feijão tropeiro, bife de porco, couve, ovo, torresmo e molho de tomate. É de comer de joelhos, mas geralmente se come mesmo sentando nas arquibancadas antes dos jogos de Cruzeiro e Atlético.

Por questão de segurança, nos bares do Mineirão não são disponibilizados garfos ou facas. Come-se mesmo de colher. E para partir o bife? Simples: junte as duas pernas, coloque o prato sobre elas, segure o bife com uma mão em cada ponta e parta. Com o dente!

Outra medida de segurança adotada há cerca de cinco anos foi a substituição do marmitex de alumínio por pratinhos de plástico. Horrível!!!! Protestei durante vários jogos, mas sem sucesso.

A medida foi tomada porque vários laterais de qualidade futebolística questionável eram vítimas de verdadeiras “pedradas” na cabeça, arremessadas por torcedores exaltados. Neste caso, a pedrada era o marmitex com o restinho de Tropeirão bem embrulhado e lançado dentro do campo.

Nunca fiz isso. Não porque gostava de todos os laterais do Cruzeiro, mas sim porque nunca deixei sobrar um grão de arroz sequer do meu Tropeirão.

PS: A Diretoria agradece a gentileza da fotógrafa Ana Letícia que nos cedeu essa foto do insubstituível Tropeirão. Apesar de atleticana, tem a nossa admiração pelo seu trabalho e ficamos felizes por tê-la como nossa freguesa de carteirinha. Seu blog "Mineiras,uai!" já está no menu "Sugestão do dia". Um espetáculo de bom gosto! Valeu, sofredora...ops, atleticana!

Por Gustavo Nolasco
Foto: Ana Letícia

5 comentários:

  1. Já vou protestar de cara...
    Que negócio é esse de terminar o post com o "apesar de atleticana","sofredora atleticana"? Em hipótese alguma eu assinaria embaixo. E diria... ainda bem que ela é atleticana!
    Isso é que dá arrumar sócio cruzeirense pro buteco.
    Mas deixando as rivalidades de lado, uma coisa é certa.... Esse tropeiro é a única unanimidade entre os atleticanos e cruzeirenses.

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  2. Repararam como o copo de refrigerante destoa na foto?

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  3. É, Theo. Exatamente sobre isso vou escrever posteriormente. Você, como um frequentador do Gigante da Pampulha, vai concordar comigo: é duro assistir jogadores como Tiago Feltri, Marcos, Henrique e Gerson Magrão sem um cachacinha na moleira, não é mesmo?

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  4. heiiii... já falei que virei freguês do buteco ??? e agora tô linkando vosmecês...dá vontade de tomar uns drinks por aqui... abs

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  5. Ricardo, seu canto no balcão do buteco já é cativo. Daqui a pouco já vai estar como a gente: com calo no cotovelo de tanto prosear!

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