terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Um trem sem fim

A expressão “trem” ,muito usada em Minas, às vezes é difícil de explicar. Por mais que o Aurélio tente. Mas todo bom mineiro que se preza, entende sem pestanejar. A criança quando nasce, já tem um trem apitando nos trilhos do seu inconsciente. É algo que desafia a metafísica. Um verdadeiro trem de doido. Afinal, tudo pode ser um trem. Se a pessoa está com fome, dá logo um jeito de arrumar um trem pra comer. Se está desocupado, diz que precisa arrumar um trem pra fazer. Se é beijada pela primeira vez, diz que sentiu um trem bão dimais. Se a vida apresenta dificuldades, logo vem a expressão que o trem tá feio. E se tá feio, o melhor a fazer é arrumar um trem pra esquecer. Então, entra num buteco e pede logo um trem bem forte pra beber....
O vídeo que segue abaixo, ilustra bem essa prosa de trem que não tem fim. Tem a participação de Tino Gomes, artísta e butequeiro, frequentador do Bar do Batista, na Nova Suiça, em Belo Horizonte.

Por Lenício Siqueira(texto e foto)



2 comentários:

  1. Ia fazer um comentário, mas me deu um trem aqui e esqueci...o trem tá feio!!!

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  2. hahaha
    é Gustavo, esse trem de beber em copo fedido costuma dar um trem nos neurônios rsrsrs

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